Da aldeia que hoje também é minha
Mas que de mim muito pouco tem
Vejo um mundo que parece enorme,
Um grão daquilo que o Universo contém.
É uma aldeia maior que muitas outras
Mais pequena do que o nome sugere
Sinto-me grande e tão pequena
Nesta aldeia que tão bem me quer.
Da cidade onde nasci fui para a aldeia
Da aldeia onde vivi vim para a cidade
Vivi em vários pontos do mundo
E de tanto mudar tornei-me vagabundo.
Gosto de ouvir falar todas as línguas
Mas onde ouvir falar português
Não me importa se é cidade ou aldeia
E ali que o meu pequeno ser romanceia
Se na cidade sou eu que me encontro
Na aldeia perco até o nome
Sou nora de um nativo, esposa do seu filho
Pouco importa, serve de trocadilho.
Naria Radatos
in Letras ao Vento
Aucun commentaire:
Enregistrer un commentaire