Alvorada da vida
O dia nasceu!
A natureza despiu o seu manto transparente
Tecido pelo orvalho que a aurora lhe ofereceu.
O rei sol espreitou, feliz e bondoso,
Não se fez rogado
Enxugou as lágrimas da natureza
Deixando na terra pegadas de amor.
Os passaritos, gaiteiros
Afiando as suas cornamusas, abanaram as asas
Para deixar entrar o calor
E as notas musicais soaram mais suaves.
As flores enrubesceram perante o rei
Que lhes sorriu e espalhou raios de paz
E elas dançaram com mais cor.
A vida descobriu que não estava sozinha
Deu o braço ao Homem
E, juntos, seguiram caminho.
O dia viveu momentos únicos
E agradeceu à lua a vida que ela pariu
na esperança de alcançar muitas outras,
O Homem não compreendeu,
Viveu, julgou ser um direito.
No dia seguinte, o dia continuou omnifulgente,
O Homem surdo, cego e intercadente
Conseguiu olhar para a lua
E encontrou apenas almas penadas.
Como seria a sua, a do Homem?
Naria Radatos
in Letras ao vento
Imagem da minha autoria
Aucun commentaire:
Enregistrer un commentaire