dimanche 9 mai 2021

 


Alvorada da vida

O dia nasceu!

A natureza despiu o seu manto transparente

Tecido pelo orvalho que a aurora lhe ofereceu.

O rei sol espreitou, feliz e bondoso,

Não se fez rogado

Enxugou as lágrimas da natureza

Deixando na terra pegadas de amor.

Os passaritos, gaiteiros

Afiando as suas cornamusas, abanaram as asas

Para deixar entrar o calor

E as notas musicais soaram mais suaves.

As flores enrubesceram perante o rei

Que lhes sorriu e espalhou raios de paz

E elas dançaram com mais cor.

A vida descobriu que não estava sozinha

Deu o braço ao Homem

E, juntos, seguiram caminho.

O dia viveu momentos únicos

E agradeceu à lua a vida que ela pariu

na esperança de alcançar muitas outras,

O Homem não compreendeu,

Viveu, julgou ser um direito.

No dia seguinte, o dia continuou omnifulgente,

O Homem surdo, cego e intercadente

Conseguiu olhar para a lua 

E encontrou apenas almas penadas.

Como seria a sua, a do Homem?

Naria Radatos

in Letras ao vento

Imagem da minha autoria

Aucun commentaire:

Enregistrer un commentaire